Fim do dia

Fim do dia e em frente ao computador. Apetece-me dizer coisas, coisas boas, coisas más. Luto contra as más, tento encorajar as boas, depois vejo que esta definição entre mau e bom é tão redutora. Aqui penso em coisas que me fazem sentir bem e em coisas que me fazem sentir mal. Luto para combater as que me fazem mal e cultivar as boas. Mas as energias do ego, a vontade de vencer, de ter razão, nem que seja no mal estar existe. Sinto-me traída, mas também traí não!?! Julgamentos, tantos julgamentos, julgamentos sobre nós, julgamentos sobre os outros. Quando pode a nossa cabeça parar e aceitar o mundo como é ou como nós o vemos. Aceitar o ser. E luto, e luto todos os dias, porque não nasci um ser iluminado e tenho muita coisa negativa em mim, sentimentos que sempre considerei mesquinhos. Sim eu sinto inveja, sinto desejo de vingança, despeito, desprezo, mas tudo porque quero ser feliz. E todos os dias luto para conseguir transformar esses sentimentos em paz, harmonia e compaixão, porque quero ser feliz. Mas calma não sou um ser hediondo, não matei, não roubei, mas a puta da cultura onde fui educada foi assim que me educou, a julgar a mim e aos outros. E eu agora quero-me educar a mim. A ser livre. A ser feliz.